Nokia com Windows Mobile 7
Nokia anuncia Windows Mobile 7 como seu sistema operacional para smartphones.
Por Redação da Computerworld.
Por Redação da Computerworld.
Publicada em 11 de fevereiro de 2011 às 07h05m.
Ações da companhia caíram 8% em Helsinque depois do anúncio, segundo o Wall Street Journal.
As ações da Nokia caíram 8% nessa sexta-feira em Helsinque, capital da Finlândia, depois que a companhia anunciou mudanças radicais, incluindo planos para usar o Windows Phone 7, da Microsoft como sistema operacional móvel em seus smartphones, em uma última tentativa de manter sua liderança .
Entre as mudanças anunciadas está também a reorganização da equipe de direção da companhia, a fim de permitir a rápida tomada de decisões e a renovação de toda a estrutura da empresa através da criação de duas unidades distintas: dispositivos inteligentes e telefones celulares para se concentrar, respectivamente, no mercado high-end de smartphones e no mercado de massa de celulares onde o Symbian continua líder.
As mudanças acontecem depois de a Nokia ter nomeado Stephen Elop, antigo executivo da Microsoft, como CEO, há menos de cinco meses, com a missão de recuperar o prestígio da companhia, especialmente no lucrativo mercado de smartphones, dominado hoje pelo iPhone, da Apple e pelos aparelhos Android, plataforma criada pela Google.
Nas últimas semanas, Elop construiu uma reputação de executivo sem papas na língua, de fala direta, sem rodeios. Em memorando interno aos funcionários publicada na última quarta-feira pelo Wall Street Journal comparou o destino da Nokia ao de um homem de pé sobre uma plataforma de petróleo queimando, correndo o risco de morte, forçado a escolher entre pular nas águas geladas ou queimar.
Depois, faz uma associação ao Symbian e diz que esse é o cenário da Nokia: a plataforma da empresa está em chamas.
Eloph ressalta que a Apple controla o lucrativo setor móvel de alto nível, enquanto o Android domina o de médio.
Em uma crítica à velocidade dos lançamentos da empresa, ele diz que fabricantes chinesas conseguem lançar um smartphone enquanto a Nokia “ainda está finalizando sua apresentação PowerPoint”.
Desde a contratação de Elop pela Nokia o mercado já vinha especulando sobre uma possível associação com a Microsoft para o mercado de smartphones. Em artigo publicado pelo IDGNow!, Katherine Noyes, da Computerworld/EUA chega a perguntar se dois fracassos poderiam resultar em um sucesso, em alusão ao fato de a Microsoft, com seus sistemas móveis, também ter perdido mercado, rapidamente, diante da chegada do Blackberry, do iPhone e dos celulares Android.
No fim de janeiro, a Nokia divulgou que seu faturamento no último trimestre de 2010 cresceu, mas o lucro continuou em queda. O motivo: não conseguir se impor no mercado de smartphones de alto rendimento.
A renda do trimestre – cujo último dia considerado é 31/12 – ficou em 12,7 bilhões de euros, ou 29,2 bilhões de reais; alta de 6% em relação ao mesmo período de 2009. Mesmo ajudada pelo câmbio favorável, a Nokia teve lucro de 745 milhões de euros, ante 948 milhões do ano anterior.
Nos quatro últimos meses de 2010, a companhia finlandesa comercializou 123,7 milhões de celulares, queda de 3% se comparado a 2009. Com o resultado, a participação da Nokia no mercado de dispositivos móveis caiu de 35% para 31%, segundo estimativas da própria. Já no âmbito dos smartphones, o índice foi de 40% para 31%, já que apenas 5 milhões de aparelhos com Symbian 3 – presente no N8, C7 e C6-01 – foram vendidos.
Estratégia
Sobre as mudanças anunciadas hoje, Elop foi curto e direto: "A Nokia está em um momento crítico, onde a mudança significativa é necessária e inevitável no nosso caminho para frente", disse. "Hoje, estamos acelerando a mudança através de um novo caminho, destinada a recuperar a nossa liderança smartphone, reforçando a nossa plataforma de dispositivos móveis e realizar nossos investimentos no futuro."
A parceria estratégica com a Microsoft tem o objetivo de construir um ecossistema global móvel baseado em ativos "altamente complementares", segundo a Nokia. A meta desse ecossistema Microsoft Nokia é oferecer produtos diferenciados e inovadores e ter escala incomparável, variedade de produtos, o alcance geográfico e identidade da marca. Com o Windows Phone como sua principal plataforma de smartphone a Nokia espera conduzir o futuro da plataforma, aproveitando a sua experiência em otimização de hardware, personalização de software, suporte a vários idiomas e ganhos de escala.
Com relação à inovação, o Nokia Maps, por exemplo, estaria no coração de bens essenciais como o Microsoft Bing e AdCenter. Aplicativos Nokia deverão ser integrados ao Microsoft Marketplace. Caberá à Microsoft prover ferramentas para desenvolvedores, tornando mais fácil o desenvolvimento de aplicativos para alavancar a venda de smartphones da Nokia.
Com o Windows Phone transformado na principal plataforma para smartphones, o Symbian torna-se uma plataforma de franquia, para alavancar investimentos anteriores, principalmente no mercado low-end. Esta estratégia reconhece a possibilidade de conservar e de oferecer uma transição sua para a base instalada de 200 milhões de proprietários de Symbian. A Nokia espera vender cerca de 150 milhões de dispositivos Symbian nos próximos anos.
Sob a nova estratégia, o Meego torna-se um código-fonte aberto, um projeto de sistema operacional móvel. Vai focar mais na exploração do mercado de longo prazo. Traduzindo, na próxima geração de dispositivos, plataformas e experiências dos usuários, em especial aqueles com processador Atom, da Intel. Isso inclui tablets. A Nokia planeja lançar um produto com Meego até o fim deste ano.
Nova estrutura da empresa
A partir de 01 de abril, a Nokia terá uma nova estrutura da empresa, com duas unidades de negócio distintas: Dispositivos Inteligentes e Mobile Phones. Elas vão se concentrar em áreas-chave de negócios da Nokia: smartphones high-end e os celulares para o mercado de massa. E serão geridas como unidades independentes.
A unidades de Dispositivos Inteligentes será responsável pela construção da liderança da Nokia em smartphones e será conduzida por Jo Harlow. Estarão embaixo dela as seguintes sub-unidades: Smartphones Symbian, computadores MeeGo, e Operações estratégicas de Negócios.
As ações da Nokia caíram 8% nessa sexta-feira em Helsinque, capital da Finlândia, depois que a companhia anunciou mudanças radicais, incluindo planos para usar o Windows Phone 7, da Microsoft como sistema operacional móvel em seus smartphones, em uma última tentativa de manter sua liderança .
Entre as mudanças anunciadas está também a reorganização da equipe de direção da companhia, a fim de permitir a rápida tomada de decisões e a renovação de toda a estrutura da empresa através da criação de duas unidades distintas: dispositivos inteligentes e telefones celulares para se concentrar, respectivamente, no mercado high-end de smartphones e no mercado de massa de celulares onde o Symbian continua líder.
As mudanças acontecem depois de a Nokia ter nomeado Stephen Elop, antigo executivo da Microsoft, como CEO, há menos de cinco meses, com a missão de recuperar o prestígio da companhia, especialmente no lucrativo mercado de smartphones, dominado hoje pelo iPhone, da Apple e pelos aparelhos Android, plataforma criada pela Google.
Nas últimas semanas, Elop construiu uma reputação de executivo sem papas na língua, de fala direta, sem rodeios. Em memorando interno aos funcionários publicada na última quarta-feira pelo Wall Street Journal comparou o destino da Nokia ao de um homem de pé sobre uma plataforma de petróleo queimando, correndo o risco de morte, forçado a escolher entre pular nas águas geladas ou queimar.
Depois, faz uma associação ao Symbian e diz que esse é o cenário da Nokia: a plataforma da empresa está em chamas.
Eloph ressalta que a Apple controla o lucrativo setor móvel de alto nível, enquanto o Android domina o de médio.
Em uma crítica à velocidade dos lançamentos da empresa, ele diz que fabricantes chinesas conseguem lançar um smartphone enquanto a Nokia “ainda está finalizando sua apresentação PowerPoint”.
Desde a contratação de Elop pela Nokia o mercado já vinha especulando sobre uma possível associação com a Microsoft para o mercado de smartphones. Em artigo publicado pelo IDGNow!, Katherine Noyes, da Computerworld/EUA chega a perguntar se dois fracassos poderiam resultar em um sucesso, em alusão ao fato de a Microsoft, com seus sistemas móveis, também ter perdido mercado, rapidamente, diante da chegada do Blackberry, do iPhone e dos celulares Android.
No fim de janeiro, a Nokia divulgou que seu faturamento no último trimestre de 2010 cresceu, mas o lucro continuou em queda. O motivo: não conseguir se impor no mercado de smartphones de alto rendimento.
A renda do trimestre – cujo último dia considerado é 31/12 – ficou em 12,7 bilhões de euros, ou 29,2 bilhões de reais; alta de 6% em relação ao mesmo período de 2009. Mesmo ajudada pelo câmbio favorável, a Nokia teve lucro de 745 milhões de euros, ante 948 milhões do ano anterior.
Nos quatro últimos meses de 2010, a companhia finlandesa comercializou 123,7 milhões de celulares, queda de 3% se comparado a 2009. Com o resultado, a participação da Nokia no mercado de dispositivos móveis caiu de 35% para 31%, segundo estimativas da própria. Já no âmbito dos smartphones, o índice foi de 40% para 31%, já que apenas 5 milhões de aparelhos com Symbian 3 – presente no N8, C7 e C6-01 – foram vendidos.
Estratégia
Sobre as mudanças anunciadas hoje, Elop foi curto e direto: "A Nokia está em um momento crítico, onde a mudança significativa é necessária e inevitável no nosso caminho para frente", disse. "Hoje, estamos acelerando a mudança através de um novo caminho, destinada a recuperar a nossa liderança smartphone, reforçando a nossa plataforma de dispositivos móveis e realizar nossos investimentos no futuro."
A parceria estratégica com a Microsoft tem o objetivo de construir um ecossistema global móvel baseado em ativos "altamente complementares", segundo a Nokia. A meta desse ecossistema Microsoft Nokia é oferecer produtos diferenciados e inovadores e ter escala incomparável, variedade de produtos, o alcance geográfico e identidade da marca. Com o Windows Phone como sua principal plataforma de smartphone a Nokia espera conduzir o futuro da plataforma, aproveitando a sua experiência em otimização de hardware, personalização de software, suporte a vários idiomas e ganhos de escala.
Com relação à inovação, o Nokia Maps, por exemplo, estaria no coração de bens essenciais como o Microsoft Bing e AdCenter. Aplicativos Nokia deverão ser integrados ao Microsoft Marketplace. Caberá à Microsoft prover ferramentas para desenvolvedores, tornando mais fácil o desenvolvimento de aplicativos para alavancar a venda de smartphones da Nokia.
Com o Windows Phone transformado na principal plataforma para smartphones, o Symbian torna-se uma plataforma de franquia, para alavancar investimentos anteriores, principalmente no mercado low-end. Esta estratégia reconhece a possibilidade de conservar e de oferecer uma transição sua para a base instalada de 200 milhões de proprietários de Symbian. A Nokia espera vender cerca de 150 milhões de dispositivos Symbian nos próximos anos.
Sob a nova estratégia, o Meego torna-se um código-fonte aberto, um projeto de sistema operacional móvel. Vai focar mais na exploração do mercado de longo prazo. Traduzindo, na próxima geração de dispositivos, plataformas e experiências dos usuários, em especial aqueles com processador Atom, da Intel. Isso inclui tablets. A Nokia planeja lançar um produto com Meego até o fim deste ano.
Nova estrutura da empresa
A partir de 01 de abril, a Nokia terá uma nova estrutura da empresa, com duas unidades de negócio distintas: Dispositivos Inteligentes e Mobile Phones. Elas vão se concentrar em áreas-chave de negócios da Nokia: smartphones high-end e os celulares para o mercado de massa. E serão geridas como unidades independentes.
A unidades de Dispositivos Inteligentes será responsável pela construção da liderança da Nokia em smartphones e será conduzida por Jo Harlow. Estarão embaixo dela as seguintes sub-unidades: Smartphones Symbian, computadores MeeGo, e Operações estratégicas de Negócios.
Por: Thais
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